quinta-feira, 30 de julho de 2015

O que é a Biorremediação?


A biorremediação é o processo de tratamento que utiliza a ocorrência natural de microrganismos para degradar substâncias toxicamente perigosas transformando-as em substâncias menos ou não tóxicas. É um mecanismo de estimulação de situações naturais de biodegradação para a limpeza de derramamentos de óleos e tratamento de ambientes terrestres e aquáticos contaminados com compostos xenobióticos. Maior segurança e menos perturbação do meio ambiente são os principais benefícios da biorremediação.

Os dois maiores enfoques da biorremediação são a estimulação do crescimento microbiano no local contaminado e a adição de microrganismos degradadores de hidrocarbonetos adaptados ou de biosurfactantes.

Biorremediação é o bom uso de seres vivos ou seus componentes para restaurar ambientes poluídos. Geralmente são processos que empregam microorganismos ou suas enzimas para degradar compostos poluentes. Na biorremediação utiliza-ea microorganismos, fungos, plantas verdes ou suas enzimas para que o ambiente contaminado retorne a sua condição original. Pode ser empregada para atacar contaminantes específicos do solo, tais como a degradação de hidrocarbonetos clorados pelas bactérias.

Um exemplo mais geral é a limpeza de derramamentos do óleo pela adição dos fertilizantes de nitrato ou de sulfato para facilitar a decomposição do óleo pelas bactérias locais ou exteriores.

O processo de biorremediação se da pelo fato de microorganismos, como as bactérias, utilizarem carbono orgânico como fonte de alimentação. Sendo assim, convertendo os contaminantes em CO2 e H2O. É uma metodologia atrativa e confiável para o tratamento de solos e cursos dágua contaminados, considerando-se muito eficiente, além de econômica, versátil e principalmente por causar uma menor perturbação ao ambiente, já que é um sistema de estimulação de processos naturais de remediação.

A biorremediação é fundamentada em três aspectos principais: a) Existência de microrganismos com capacidade catabólica para degradar o contaminante; b) O contaminante deve estar disponível ou acessível ao ataque microbiano ou enzimático; c) Condições ambientais adequadas para o crescimento e atividade do agente biorremediador.

Microrganismos com as mais diversas capacidades metabólicas são empregados na biorremediação. Alguns destes são pertencentes a gêneros de bactérias e fungos como: Azospirillum, PseucAlcaligenes, Enterobacter, Proteus, Klebsiella, Serra tia. Bacillus, Arthrobacter, Nocardia, Fusarium, Chaetomium, Phanerochaete e Trametes.

A ação metabólica da degradação dependerá do microrganismo envolvido e do ambiente. A tecnologia da biorremediação tem como objetivo inocular o solo com microrganismos com capacidade de metabolizar resíduos tóxicos, proporcionando maior segurança e menos perturbações ao meio ambiente.

As técnicas de biorremediação envolvem variações de tratamentos” in situ" e "ex situ" que pode envolver inúmeros procedimentos. A maioria dessas estratégias se aplica aos tratamentos de superfície, enquanto algumas são específicas para a biorremediação em sub-superfície como é o caso da bioventilação, que consiste na injeção de ar no solo contaminado para estimular a degradação do contaminante.

Vários contaminantes podem ser tratados biologicamente com sucesso.

Estes incluem petróleo bruto, hidrocarbonetos do petróleo como gasolina, óleo diesel, combustível de avião, preservativos de madeira, solventes diversos, lodo de esgoto urbano industrial, e outros compostos xenobióticos ou biogênicos, existindo mais de 300 compostos individuais.

As principais dificuldades na biorremediação são: a) heterogeneidade do rejeito; b) concentração do contaminante; c) persistência e toxidade; d) contaminantes resistentes à biodegradação exigem adequadação nutricional do solo; e e) condições adequadas para o crescimento microbiano.

Técnicas de Biorremediação: Landfarming

Consiste na aplicação do contaminante em forma líquida ou sólida na camada arável do solo, onde se concentram 90% dos microrganismos que usam os contaminantes como fonte de energia e que podem transformá-los.

Técnica empregada com elevada eficiência no tratamento de rejeitos industriais, especialmente na indústria petroquímica. Concentrações de petróleo de até 7% (70.0" kg-1) são reduzidas para 10-20 mg kg-1 em poucos meses, desde que as condições físicas (umidade e aeração), químicas (presença de aceptores de elétrons) e biológicas (elevada atividade heterotrófica) sejam adequadas. Para a degradação de 100 unidades de C são necessárias, em média, 2 unidades N para as bactérias, 3 0.4 parara fungos e 3 a 6 para os actinomicetos.

Biorremediação Fase Sólida constitui-se de pilhas de solo, que funcionam como células de tratamento.

Nas células realiza-se controle mais rigoroso da volatilização, lixiviação e escoamento superficial de material contaminado. Devido a isto é mais seguro e apropriado para tratamento de solos contendo compostos que oferecem elevado risco ambiental.

Pode-se também optar pela compostagem que consiste em um tratamento controlado pela geração de calor pelos aeróbios termofílicos. A elevação da temperatura na massa contaminada é ideal para tratamento de rejeitos e lodos diversos, incluindo contaminantes explosivos. É um processo barato e fácil de ser monitorado.
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