Chuva registrada no mês de fevereiro é 32% do esperado para todo o mês.
Sistemas Alto Cotia, Rio Grande e
Rio Claro tiveram queda de nível.
O nível de água do Sistema
Cantareira, que abastece a capital e outras cidades da Grande São Paulo,
registrou alta nesta sexta-feira (12). De acordo com o site da Companhia de
Saneamento Básico (Sabesp), o índice registrado nesta quinta foi de 47,7% do total
da capacidade. Na quinta, o índice estava em 47,5%.
A chuva registrada no mês de
fevereiro é de 64,9 mm, 32% do esperado para todo o mês.
Após uma ação do Ministério
Público (MP), aceita pela Justiça, a Sabesp passou a divulgar outros dois
índices do Cantareira. O segundo está em 36,9% e considera o volume armazenado
na capacidade total, incluída a área do volume morto. O terceiro índice leva em
consideração o volume armazenado menos o volume morto na área total dos
reservatórios e também se manteve em 18,4% nesta manhã.
No mês passado, as represas
receberam 248,4 mm, o equivalente a 94,4% do esperado para todo o mês. Em 30 de
dezembro de 2015, o Sistema Cantareira deixou a dependência do volume morto
após 19 meses.
O Cantareira chegou a atender 9
milhões de pessoas só na Região Metropolitana de São Paulo, mas atualmente
abastece 5,4 milhões por causa da crise hídrica que atingiu o estado em 2014.
Os sistemas Guarapiranga e o Alto Tietê absorveram parte dos clientes, para
aliviar a sobrecarga do Cantareira durante o período de estiagem.
Volume Morto
A reserva técnica começou a ser
bombeada em maio de 2014. Na época, ainda havia água no volume útil. Em julho,
porém, o sistema passou a operar somente com o volume morto. Especialistas
ouvidos pelo G1, no entanto, alertam que o Cantareira ainda segue em crise
porque não se recuperou totalmente. A Sabesp também informou que não descarta
voltar a usar a reserva técnica no próximo período seco, com a chegada do
inverno.
O fim da dependência da reserva
técnica ocorreu antes do previsto pela Sabesp. A expectativa era de uso até o
fim do verão, com probabilidade de 98% de o Cantareira sair do volume morto até
abril.
A chuva acima da média nos
últimos meses acelerou o processo e as represas acumularam mais água por causa
da precipitação intensa e entrada de água no manancial.
O QUE É O VOLUME MORTO?
O volume morto é uma reserva com
480 bilhões de litros de água situado abaixo das comportas das represas do
Cantareira. Até então, essa água nunca tinha sido usada para atender a
população. Em maio de 2014, bombas flutuantes começaram a retirar essa água. A
decisão de fazer essa captação foi tomada por causa da crise hídrica que
atingiu o estado de São Paulo.
O governo do estado tentou fazer
desvios para usar a água de outras represas, mas essas manobras não foram
suficientes para atender toda a população da Região Metropolitana de São Paulo.
Após o nível do sistema atingir um patamar preocupante, a Sabesp começou a
fazer obras para conseguir bombear a água do volume morto.
Fonte: g1.com
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