sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Nível do Sistema Cantareira tem nova alta nesta sexta-feira.


Chuva registrada no mês de fevereiro é 32% do esperado para todo o mês.

Sistemas Alto Cotia, Rio Grande e Rio Claro tiveram queda de nível.
O nível de água do Sistema Cantareira, que abastece a capital e outras cidades da Grande São Paulo, registrou alta nesta sexta-feira (12). De acordo com o site da Companhia de Saneamento Básico (Sabesp), o índice registrado nesta quinta foi de 47,7% do total da capacidade. Na quinta, o índice estava em 47,5%.
A chuva registrada no mês de fevereiro é de 64,9 mm, 32% do esperado para todo o mês.
Após uma ação do Ministério Público (MP), aceita pela Justiça, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices do Cantareira. O segundo está em 36,9% e considera o volume armazenado na capacidade total, incluída a área do volume morto. O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume morto na área total dos reservatórios e também se manteve em 18,4% nesta manhã.
No mês passado, as represas receberam 248,4 mm, o equivalente a 94,4% do esperado para todo o mês. Em 30 de dezembro de 2015, o Sistema Cantareira deixou a dependência do volume morto após 19 meses.
O Cantareira chegou a atender 9 milhões de pessoas só na Região Metropolitana de São Paulo, mas atualmente abastece 5,4 milhões por causa da crise hídrica que atingiu o estado em 2014. Os sistemas Guarapiranga e o Alto Tietê absorveram parte dos clientes, para aliviar a sobrecarga do Cantareira durante o período de estiagem.

Volume Morto

A reserva técnica começou a ser bombeada em maio de 2014. Na época, ainda havia água no volume útil. Em julho, porém, o sistema passou a operar somente com o volume morto. Especialistas ouvidos pelo G1, no entanto, alertam que o Cantareira ainda segue em crise porque não se recuperou totalmente. A Sabesp também informou que não descarta voltar a usar a reserva técnica no próximo período seco, com a chegada do inverno.
O fim da dependência da reserva técnica ocorreu antes do previsto pela Sabesp. A expectativa era de uso até o fim do verão, com probabilidade de 98% de o Cantareira sair do volume morto até abril.
A chuva acima da média nos últimos meses acelerou o processo e as represas acumularam mais água por causa da precipitação intensa e entrada de água no manancial.

O QUE É O VOLUME MORTO?

O volume morto é uma reserva com 480 bilhões de litros de água situado abaixo das comportas das represas do Cantareira. Até então, essa água nunca tinha sido usada para atender a população. Em maio de 2014, bombas flutuantes começaram a retirar essa água. A decisão de fazer essa captação foi tomada por causa da crise hídrica que atingiu o estado de São Paulo.

O governo do estado tentou fazer desvios para usar a água de outras represas, mas essas manobras não foram suficientes para atender toda a população da Região Metropolitana de São Paulo. Após o nível do sistema atingir um patamar preocupante, a Sabesp começou a fazer obras para conseguir bombear a água do volume morto.
Fonte: g1.com
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