terça-feira, 15 de setembro de 2015

Com queda dos reservatórios, crise hídrica deve perdurar em São Paulo





Com queda no nível dos reservatórios e poucas chuvas, a região metropolitana de São Paulo deve continuar a enfrentar grave crise no abastecimento de água. O Sistema Cantareira opera na reserva técnica, e tem armazenados 12,3% da capacidade total das represas. São necessários 131,4 bilhões de litros de água para o sistema voltar ao índice positivo.

Em 26 de julho, o sistema tinha 10,4% de déficit. Em um ano, o Cantareira perdeu 85,14 bilhões de litros de água, queda de 6,7 pontos percentuais em relação ao volume total. Outro sistema importante, o Alto Tietê, também opera em níveis baixos, apenas 14,4% da capacidade. Há um mês, esses reservatórios tinham armazenados 18,5% da capacidade.

Diante desse cenário e caso os reservatórios se esgotem, a redução mais severa do abastecimento de água se torna urgente.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) reduziu a pressão do abastecimento. Com isso, os consumidores recebem água por algumas horas do dia, e redistribuiu a demanda entre os sistemas. Antes da crise, os reservatórios do Cantareira eram usados para atender mais de 9 milhões de pessoas, atualmente pouco mais de 5 milhões. Ganharam importância os sistemas do Alto Tietê e Guarapiranga, que juntos fornecem água para mais de 10 milhões de habitantes.

Na região das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), a situação também é grave, de acordo com o coordenador de Projetos do Consórcio PCJ, José Cezar Saad. “A situação continua crítica. Estamos em um grau de criticidade bastante grande, visto que os rios estão com baixas vazões, o índice pluviométrico está baixo”, ressaltou sobre os mananciais que fornecem água para 5 milhões de pessoas em 62 municípios. Desses, 58 estão no interior paulista e quatro em Minas Gerais.

Na avaliação do técnico, a crise hídrica deve durar pelo menos mais um ano. “Não há uma grande perspectiva de melhora. Segundo os institutos de meteorologia, a situação de poucas chuvas deve continuar por mais um ou dois anos”, acrescentou.

Fonte:agenciabrasil.ebc.com.br
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